Pular para o conteúdo principal

O País perde Augusto Omolú




Com uma história profissional de mais de 30 anos, iniciada como aprendiz de Mestre King e Emília Biancardi, este soteropolitano, ícone da dança brasileira, com carreira internacional reconhecida, era especialista em danças afro-brasileiras. Omolú integrava o Balé Teatro Castro Alves (BTCA) também desde a década de 1980. Ao lado do curador artístico da companhia, Jorge Vermelho, estava vivendo um processo de transição para ocupar o posto de assessor artístico do grupo. “É uma tristeza muito grande. O BTCA fica vazio. Augusto Omolú sempre foi muito intenso, de alegria contagiante, uma presença que só fazia somar. Era uma figura de muita produtividade, amigo e companheiro muito importante. Resta-nos a indignação diante da violência que assola o país. Fico muito triste de receber e compartilhar esta notícia com a classe da dança da Bahia”, lamenta Jorge Vermelho.
Comprometido, íntegro e querido por todos, Omolú retornou ao Brasil há cerca de dois anos, após viver na Dinamarca como membro do Odin Teatret, fundada e dirigida por Eugenio Barba, uma das mais importantes e respeitadas companhias do mundo. Desde então, estava atuando como professor da Escola de Dança da FUNCEB, onde ministrava aulas de qualificação profissional e de cursos livres a partir de sua pesquisa e trabalho com a dramaturgia da dança dos orixás, compreendida não apenas como técnica, mas também como um pensamento que ele sistematizava com cada vez mais competência.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

OS PRETOS NÃO LÊEM!

Sociedade: OS PRETOS NÃO LÊEM! em 22 de Março de 2007 - 09:56 Linux - USA O lado triste deste artigo é que a sua essência é verdadeira. De fato, a verdade dói! Eu espero que isso possa criar uma motivação para que mais “pretos” não somente no senso étnico, identitàrio, cultural, religioso, filosófico, econômico, educacional, político, empresarial, artístico e todos os outros sentidos possam ir para frente, fazendo progresso reais. Carlos Ujhama – AFROSSà Cia. De Danças Populares da Bahia. - Chris Rock, um comediante negro disse, "os pretos não lêem". Não deixem de ler esse artigo é muito interessante. Para muitos dentre vós que escutaram o artigo que Dee Lee léu uma manhã nas ondas de uma estação de rádio de NY. Para os que não escutaram, este artigo toca profundamente. Um artigo pesado e escrito por um caucasiano (um branco). - Os negros não lêem e continuam a ser nossos escravos. Nós podemos continuar a escolher proveito dos negros sem esforço físico de

Afrossa’ – BDC – Afrobrazilian wokshop dance & percussion

EN/ AFROSSA’ – BDC– Afrobrazilian workshop "DANCE & PERCUSSION". 24 – 25 November – Spazio Seme (Tuscany, Arezzo IT). This workshop is a part of PROGRAM | ART OF MOVEMENT - 10 days http://www.spazioseme.com/program-art-of-movement-10-days/ Dance Workshop with: - Carlos Ujhama, Salvador/BA (popular dances and technique)  - Ana Estrela, Salvador/BA (symbology and dance of the orixás, samba de roda) Percussion workshop with: - Neney Santos, Salvador/BA (ringtones and candomblé rhythms, percussion technique) - Anderson do Samba (DNA do Samba Reggae) Saturday: 15.00 – 18.00 (dance and percussion) | 18.30 – 21.00 (dance and percussion) Sunday 10.00 – 13.00 (dance and percussion) | 15.00 – 18.00 (dance and percussion) "Brazilian party only for participants of PROGRAM | ART OF MOVEMENT" Fee: – 110 euro – (vegetarian food, lots of dancing and percussion ... included!) Only percussion workshop:– 70 euro – (vegetarian food and Brazilian party ... included!) It is a dan

Ano Novo, novas intenções!

Agradecendo ao que nos foi oferecido pelo universo, no ano que passou e, seguro que toda caminhada começa com o primeiro passo, continuamos a nossa afirmação como um ponto de referencia para as artes cenicas de matrizes africanas e afro-brasileiras. A nossa restrospectiva nos porta à um ano de fortalecimento e amadurecimento! Questões que nao gostaria de explicitar aqui, uma vez que nao háveria a oportinudade de confrontar com a classe artistica que nos segue e tanto colabora com esse projeto. O Moviemto Cultural Afro Brasiliero despedi-se da Europa, a nivél intelectual, pois, percebemos que o necessario a ser feito deve e precisa ser feito em solo brasileiro, para brasileiros. Estudiosos, pesquisadores, bailarinos, atores, musicos, etc. A quem possa interessar!! E, para começar-mos, manteremos os nossos seguidores informados das ações e realizações desses construtores: os pioneiros na perpetuação de uma linha de pesquisa, desenvolvimento e ação sobre a arte e movimento das matri