A cultura popular e os Espaços Culturais de Salvador.
Ainda me pego nessa jornada alucinante de esclarecer, para mim mesmo, as diferenças criadas ao longo do tempo, pela sociedade dominante, sobre cultura e folclore, técnica e desempenho. Sendo também capaz de perceber que sobre cada tema podemos encontrar uma serie de sub-assuntos para as suas auto-definições.
Sem querer me aprofundar muito no assunto, venho aqui expor a minha vontade de ver mais cultura dentro dos Espaços Culturais da cidade de Salvador. A cultura da qual eu falo não pode ser reconhecida em fotografias, quadros, filmes e tão pouco em espetáculos teatrais que, corriqueiramente nos mostram as qualidades espetaculosas das etnias não dominantes (economicamente) e suas modalidades de desempenho organizadas.
Em debates, acorridos recentemente com a classe artística da dança e demais modalidades de performances negra na cidade de Salvador, pode-se perceber que, ainda há um distanciamento grande desses segmentos sobre a necessidade de aprimoramento dos temas cultura popular e desenvolvimento sócio-cultural na formação do interprete contemporâneo na Bahia, e a importância da inter-disciplinaridade dessas para a pesquisa, desenvolvimento e ação sobre o novo modelo de apresentação dos aspectos sociais, políticos, físicos, religiosos e simbólicos da sociedade afro descendente utilizado nas representações de muitos desses grupos.
Assim continuarei buscando minhas respostas e fazendo minhas perguntas dentro dos Centros Culturais, onde a imagem do afro descendente seja vista e valorizada dentro de todas as suas dimensões: sociais, filosóficas, espetaculares e verídicas.
A AFROSSà estará de casa nova a partir do mês de novembro, com o objetivo de validar a nossa existência e compromisso da nossa missão:
- Tratar do desenvolvimento do nosso povo com respeito e buscando manter a ordem em todas as suas dimensões! Criar oportunidade igual para todos, fazendo da arte de cada individuo o ponto de partida para uma arte coletiva e de desenvolvimento sustentável para todos. Ensinar aos mais novos a historia e experiências dos mais velho para que esses cresçam tendo em si a referencia necessária para uma conduta justa e solidária. Mantendo a paz entre todos!
Aguardem! Em breve estaremos com mais informações para todos vocês...
Axé,
Carlos Ujhama.
Professor e coreógrafo.
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