Aline Valentim (Rio de Janeiro - RJ, Brasil) Eu como artista, bailarina, professora e eterna aprendiz concordo e me identifico enormemente com seu olhar em torno da criação de uma arte cênica negra. Que está presente como dança, mas tb pode e deve incluir outras modalidades, novos diálogos performáticos sempre contemporâneows na medida em que estão em contínuo fluxo e se transformando. É isso que, por um lado, mantém a arte viva. Durante muito tempo, pelo menos aqui no Rio de Janeiro, a Dança Afro esteve muito fechada em seu próprio mundo, por vários motivos e com várias implicações. Mas o fato claro é que, embora estejamos lidando com matrizes culturais (dança, musicalidade e gestualidade) bastante arraigadas em uma história e memória popular brasileira, muitos cruzamentos já aconteceram e todos esses gestos estão ressignificando como bem diz Ujhama. É nesse cenário de movimento, pesquisa, intervenção e recriação que artistas, intérprestes e agentes da cultura, estamos empenhados e bu...